Ansiedade de Separação: Um Desafio Natural no Desenvolvimento Infantil

Esta fase de desenvolvimento acontece também porque a criança ainda não compreende que o adulto regressará mais tarde, o que pode gerar angústia sempre que haja uma separação.

É importante lembrar que este desafio ocorre porque a criança ainda está a descobrir o mundo que a rodeia e a construir confiança no mesmo.

Desta forma, a ansiedade de separação pode manifestar-se pelo choro intenso no momento da separação, pela recusa em deixar a mãe, pai ou um outro cuidador, medo de adormecer sozinha e maior necessidade de contacto físico.

E nós, como reagimos?

A forma como lidamos com a situação pode fazer toda a diferença. Se respondermos com empatia, consistência e presença emocional, ajudamos a criança a desenvolver segurança nela mesma e no meio envolvente.

Enquanto cuidadores podemos preparar a criança para a separação com algumas transições suaves, através da validação dos sentimentos da criança, referindo, por exemplo: “Eu sei que é difícil dizer adeus mas eu estou aqui contigo”, manter rotinas consistentes e previsíveis e nunca esquecer da importância do trabalho em equipa, isto é, da relevância da definição conjunta de estratégias coerentes com a família.

Uma fase do desenvolvimento infantil que precisa ser cuidada.

A ansiedade de separação é uma fase, que tal, como todas as outras, tem o seu início e fim. No entanto, é importante destacar que a forma como a gerimos pode deixar marcas importantes na confiança, autonomia e segurança daquela pessoa com menos de três anos.

Assim, deixamos algumas questões para refletir: que papel escolhemos assumir enquanto profissionais? Como podemos ser uma base segura para a criança e também um apoio para os seus cuidadores?