Compreender os Conflitos

Qual é a Nossa Reação Enquanto Profissionais?

8/15/20251 min read

Os conflitos entre crianças pequenas fazem parte do seu desenvolvimento. Como explica Gouveia (2009), nesta fase, as crianças ainda não possuem mecanismos suficientes para lidar com a frustração, a sua linguagem verbal é limitada e têm dificuldades em adiar as suas vontades. Assim, muitas vezes, a sua única forma de expressão passa pelo choro, pela birra ou até mesmo por atitudes agressivas.

Em conversa entre colegas da equipa, percebemos que estes momentos nos geram um grande desconforto, pois sentimos uma necessidade imediata de restabelecer a paz. No entanto, como apontam da Ros & Kovach (1998), intervir de forma prematura pode impedir as crianças de aprenderem estratégias de negociação e resolução de problemas.

Como referem da Ros & Kovach (1998), no seu artigo intitulado Assisting Toddlers & Caregivers during Conflict Resolutions: Interactions that Promote Socialisation, “promover a paz prematuramente, em vez de ajudar as crianças a aprender habilidades de negociação e abordagens de resolução de problemas, pode afetar a socialização das crianças” (p.28). Assim, procuraremos estar mais calmos quando estes momentos surgirem, apostando antes de tudo na prevenção, uma vez que, como mencionam Goldschmied & Jackson (2007), “é sempre melhor antecipar a confrontação entre as crianças, em vez de reagir de forma negativa quando o problema já surgiu” (p. 194).

Esta tomada de consciência é importante para que, progressivamente, possamos melhorar as nossas práticas. Será fácil mudar comportamentos? Pois claro que não, mas na/pela prática iremos conseguir ser cada vez mais competentes. Qual é a vossa reação nestas situações?